Doenças da Retina
RETINOPATIA DIABÉTICA
"Quando detectada logo no início, a doença é de fácil tratamento."
A retinopatia diabética, como o próprio nome diz, está relacionada com o diabetes. Cerca de nove milhões de pessoas são diabéticas no Brasil, metade delas desenvolve a doença da visão, que progride aos poucos. No grupo de pacientes com diabetes há mais de 15 anos, a retinopatia diabética pode atingir até 80% das pessoas.
Dificilmente o paciente percebe que tem o problema, pois os sintomas só aparecem quando a doença já está em um estágio mais avançado. São alterações microvasculares na retina, que podem levar ao inchaço na região central ( edemas de mácula) , hemorragias e descolamento de retina tracional. Quando o edema de mácula ( inchaço) atinge a região central dos olhos, o paciente poderá apresentar dificuldade para leitura ou para enxergar à distância. Já nas regiões periféricas pode causar uma baixa súbita na visão, podendo levar a pessoa a enxergar manchas vermelhas, em virtude da hemorragia interna.
A complicação mais severa desta doença é quando ocorre um descolamento de retina tracional, onde tecidos são formados em decorrencia da diabetes e levam a um tracionamento da retina deslocando e descolando a mesma do lugar. O tratamento da hemorragia vítrea e do descolamento de retina tracional é cirúrgico, através da vitrectomia posterior seguida de endolaser; já as fases iniciais e o edema de mácula, os tratamentos oferecidos são fotocoagulação a laser e injeções intraoculares (intra vítreas). O CPO alerta que a falta de cuidado com a doença pode levar à cegueira.
DEGENERAÇÃO MACULAR RELACIONADA À IDADE (DMRI)
"A doença é considerada uma das principais causas da cegueira em pessoas com mais de 50 anos."
A região central da retina, conhecida como mácula, é aonde esta doença se manifesta. A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) aparece com o avanço da idade do paciente, geralmente a partir dos 50 anos, e pode ser de dois tipos: seca e úmida. A maioria dos casos, entre 85% e 90%, é de DMRI seca com a formação de pequenos depósitos amarelados, denominados drusas, que torna a mácula mais fina e ressecada. Já a DMRI úmida possui um diagnóstico mais complexo que pode ocasionar, inclusive, o sangramento na retina e causar o quadro de cegueira irreversível.
O tratamento da doença parte do mais simples, como o uso de doses diárias de substâncias antioxidantes (vitaminas via oral associada a dieta rica em vegetais verdes escuros, frutas amarelas e peixes de água fria), até a aplicação intra ocular de medicamentos como Avastin (Bevacizumabe), Lucentis (Ranibizumabe) e Elya (Aflibercept) para os casos da DMRI úmida. O importante é o diagnóstico precoce, e se necessário, iniciar o tratamento imediatamente para preservar a forma seca e até mesmo recuperação visual no forma úmida após as injeções intraoculares.
A melhor forma de prevenir a DMRI é manter uma rotina saudável, que inclui alimentação adequada com o consumo de vegetais e folhas verdes, a prática de exercícios e evitar o fumo. Além disso, prevenir-se dos raios ultravioletas com o uso de lentes ou óculos escuros.
DESCOLAMENTO DE RETINA
"No Brasil, aproximadamente 35 mil pessoas sofrem de problemas relacionados à retina."
Apesar da incidência, é fato que nove em cada 10 olhos com descolamento de retina podem ter a doença revertida e a retina reaplicada. O CPO possui uma equipe especializada para atender a esses casos, utilizamos linhas de exames avançadas e diferentes métodos de tratamentos, realizados com muito critério e segurança. O descolamento é a separação da retina da parte que a sustenta, numa lesão que pode iniciar numa pequena área e se estender por todo o olho. Geralmente resulta de um buraco ou rasgo que se desenvolve dentro da retina, permitindo que o fluído interno do olho entre por de trás da retina e se alastre e evidencie a patologia. Pessoas com problemas oculares, como alto grau de miopia, com histórico familiar de descolamento de retina, diabetes, submetido a ciurugia de catarata ou glaucoma possuem maior tendência de desenvolver o problema.
O descolamento é indolor, mas alguns sintomas na visão colaboram para identificar o problema, como a percepção de imagens de formas irregulares, raios luminosos, vista borrada e perda de visão progressiva ( como se uma cortina fosse fechando progressivamente - diminuição progressiva do campo visual). O tratamento do descolamento de retina é realizado através de cirurgia de vitrectomia posterior, que deve ser feita com a maior antecedencia possível.
MOSCAS VOLANTES
"São indícios no nosso campo de visão que podem apontar a uma doença mais séria como o descolamento de retina."
O nome peculiar aponta para as características das manchas que o paciente pode enxergar ao desenvolver as moscas volantes. São manchas ou pontos escuros no campo de visão, que não caracterizam uma doença, mas um sintoma que pode apontar a ocorrência de um distúrbio mais sério. São pequenas opacidades que ocorrem no humor vítreo, uma espécie de gelatina que temos dentro do olho.
Os corpos flutuantes se manifestam nesta região e são projetados na retina, formando uma sombra, conforme a movimentação do olho. Alterações internas em decorrência da idade ou de doenças oculares são as principais causas desse desconforto. As moscas volantes podem interferir na visão, principalmente na leitura, sendo mais visíveis em ambientes com maior luminosidade e superfícies claras.
Geralmente iniciam após os 40 anos, em um processo natural, ou anteriormente, em pacientes portadores de miopia. No CPO, avalia-se com muito cuidado a realização de uma cirurgia denominada vitrectomia posterior nos casos em que o desconforto visual é grande e ocorre uma baixa importante de visão em decorrência das moscas volantes.
FLASHES LUMINOSOS
"Somente um oftalmologista poderá dizer se as moscas volantes ou os "flashes" luminosos são ou não perigosos para a saúde."
Os "flashes" de luz também têm origem no humor vítreo que, ao tracionar a retina, produz a sensação de luminosidade na vista. Esses flashes podem ser transitórios, mas caso eles se mantenham ou estejam associados ao aparecimento de moscas volantes, deve-se examinar os olhos o mais rápido possível para detectar a presença ou não de rotura ou descolamento da retina. O CPO conta com profissionais qualificados e equipamentos de última geração para avaliação e controle das doenças de retina.
RETINOPATIA DA PREMATURIDADE
"Por ano, no Brasil, estima-se que 850 crianças fiquem cegas pela retinopatia da prematuridade."
Esta é uma das principais causas da cegueira infantil em bebês prematuros, que nascem antes de 36 semanas e com peso abaixo de 1,6 mil gramas. Isso ocorre porque o olho do bebê prematuro ainda não terminou o desenvolvimento necessário quando saiu da barriga da mãe. Por isso, nesses casos, é essencial o acompanhamento especializado de um oftalmologista entre quatro e seis semanas de vida do bebê.
No CPO os tratamentos oferecidos para a doença variam conforme o seu estágio, se detectada no início a regressão pode ser espontânea ou ser necessária uma intervenção a laser ou crioterapia. Se houver o descolamento da retina é recomendado o processo cirúrgico. É importante realizar o acompanhamento anual dos bebês que desenvolveram a doença, pois há riscos de aparecer outros problemas oculares, como estrabismo, erros refracionais ou diferença de grau entre os olhos.